sábado, 14 de julho de 2012

Ociosidade

Preciso sair do ócio que me domina a maior parte do tempo, da procrastinação que insiste em me acompanhar em todos os dias. Me livrar da vontade súbita de não fazer nada, da falta de ânimo, de atenção, de propósito.
E junto com tudo isso, o pessimismo, a melancolia, a tristeza repentina e sem motivo, o martírio dos pensamentos e a preocupação também poderiam pegar uma carona pra bem longe da minha vida sem graça.
Essas coisas tem me afastado dos filmes, dos discos, dos livros, das séries, da minha mente perdida entre uma história e outra, e do meu cérebro ocupado com coisas do dia a dia nas quais eu deveria ter um pingo de organização.
Isso pode soar o mais puro egoísmo do universo, porém eu já deixei de cuidar disso há tempos, e ninguém tomou conta disso por mim. No fim das contas, acabei por tornar-me perdida, doente e sem vontade de muita coisa.
Por isso estou tentando me apresentar ao amor próprio, me aproximar dele como quem se aproxima de uma pessoa que quer muito conhecer porém tem vergonha.  E no fim de tudo, nos tornaremos amigos, e a vida será bem menos árdua.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Random

Adoro achar essas fotos aleatórias de pessoas perfeitas no tumblr. Fazem com que eu me sinta tão bonita e significante quanto um brócoli. Mas afinal de contas o grande mal da humanidade é que todo mundo cobiça o que não pode ter, e aí eu fico aqui querendo ser mais magra, mais alta e etc. Ou pelo menos tentando me conformar com o óbvio fato de que eu não passarei de 1,60 de altura, e nem vou ficar muito diferente do que sou hoje.
A insatisfação é extrema, mas não posso fazer muita coisa pra mudar esse fato porque, provavelmente, se eu fosse alta, magra e bonita como a menina da foto eu poderia estar desejando que eu fosse mais baixa, ou não tão magra. No fim das contas ninguém está satisfeito com nada e eu só sou mais um poço de insatisfação ambulante nesse mundo.

Cansaço

Quando falo de cansaço não falo de cansaço físico. Mas falo do sentimento de estar cansada de tudo e de todos, das pessoas e suas futilidades e infantilidades. Tudo bem que isso todos nós temos, mas em alguns casos começa a ficar irritante.
Aturo o mesmo problema por quase 8 anos e não vejo fim para isso tão cedo. Já perdi a fé, a esperança, a paciência, a sanidade e agora só me resta o cansaço. A vida me tornou amarga, irritável, neurótica, paranoica e insensível em muitos aspectos, mas não diminuiu minha dor e sofrimento ao longo dos anos, só fez com que eu me habituasse aos problemas.
Talvez seja a espera de algo melhor esteja por vir que me faz continuar apesar do grande cansaço emocional e social que vem me rondando nas últimas semanas. Só espero que essa espera não seja frustrada como as outras foram um dia.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Sherlock Holmes Modernizado


Se você está procurando uma série boa e com poucos episódios por temporada, aqui vai a dica: Sherlock.
É uma série da BBC com três episódios por temporada e é basicamente o detetive Sherlock Holmes, no século XXI.
Eu confesso que torci o nariz pra isso quando fui ver, mas a série é mais fiel ao livro do que os filmes do Guy Ritchie, as soluções são inteligentes e as atuações ótimas. A quimica entre o Benedict Cumberbatch (Sherlock Holmes) e Martin Freeman (John Watson) é incrível. Já recomendei essa série pra um monte de gente (e ninguém se interessou, triste), então por ver das dúvidas, vou recomendá-la aqui também.
Então, fica a dica.

Felicidade, simplicidade ou complexidade?

Minha felicidade
onde estará?
Na xícara de chá
Nas emoções de um olhar
Nas noites a pensar
Vendo o Luar
Nos dias frios
Nos filmes
Cômicos, pensantes, vazios.
Nas mudanças que ocorrem
Sem eu ao menos notar
Nos dias calmos, sem ninguém para atrapalhar.

Por mais que tenha os pesares
de viver sozinha
Por enquanto, é o melhor a fazer.
Qual é o sentido de viver com alguém
Que não aceita o meu jeito de ser?
A solidão é uma agradável penitência.

Ideias

É complicado quando se tem um cérebro que não consegue se calar. Ele é fonte da minha insônia na maioria das vezes. Um milhão de ideias, um milhão de lembranças, todas parecem querer aparecer na mesma hora do dia, quando eu deveria estar dormindo.
Mas quando se precisa de ideias boas elas sempre fogem, somem de vista, e só aparecem de novo na madrugada seguinte. Seria eu uma pessoa noturna como as corujas? Provavelmente, sim. Mas não são esses os hábitos normais da sociedade, então minha pena é ficar sonolenta de dia, e ativa a noite.
Levando uma eterna vida de coruja.

Cinefilia strikes again!


Ontem assisti "o espião que sabia demais" (Tinker Tailor Soldier Spy), como na cidade onde eu moro o filme não entrou em cartaz e já perdi as esperanças de que ele vá entrar, baixei e vi em casa mesmo.
O filme é ótimo, com elenco e atuações impecáveis. É do tipo de filme que se você piscar 1 segundo ou se distrair, você não entende nada do que está se passando nas cenas. Resumindo, pra quem gosta de filmes inteligentes e sem quele final "mastigado" que muitos diretores gostam de dar, eu super indico esse.
Sem contar que eu simplesmente amo o Gary Olman e o Benedict Cumberbatch, e os dois atuaram maravilhosamente bem nesse filme. Mas é um filme pra poucos, ouvi dizer que nos cinemas onde foi exibido, muitas pessoas abandonaram a sessão por não entenderem o filme, só lamento.

E durante uma das minhas crises de insônia, assisti na band "A Rosa Púrpura do Cairo" do Woody Allen. Gostei do filme, apesar de ser uma espécie de comédia romântica fofinha e bonitinha, com muitas ironias é claro. Como boa parte dos filmes do Woody Allen, esse aqui frustra o espectador que gosta de finais felizes.
Se você pode ficar acordado até tarde (coisa que eu não vou poder fazer a partir da próxima semana por causa das aulas) aqui vai uma dica: Na band sempre passam filmes clássicos na madrugada de domingo, todos eles com o áudio original e legendas (o que é raro na tv aberta).

Por enquanto acho que é isso, um beijo e até a próxima.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Perfeição


Cada um tem suas percepções quanto a beleza. No meu caso os meus gostos com relações a isso sempre foram no mínimo fora dos padrões ou do que é considerado "normal".
Nunca gostei de gente bronzeada demais, gente musculosa ou de sorrisos perfeitos (por isso me arrependo de ter posto aparelho e se meus dentes do siso nascerem e meus dentes entortarem não vou dar a mínima) e não me importo com a magreza excessiva ou com coisas que muita gente despreza.
Acho que o caráter de uma pessoa vale mais do que a aparência, vale mais ser você mesmo do que seguir um padrão e perder a noção do que você realmente é além de uma mera cópia do que a sociedade impõe para você.
Por isso boa parte do meu conceito de perfeição acaba sendo a imperfeição.